Entraram em vigor, nessa semana, as mudanças no financiamento de imóveis com valor igual ou superior a R$ 650 mil, pela Caixa Econômica Federal. A estratégia visa atingir todas as classes de renda, na qual os contratantes poderão financiar até 80% dos imóveis novos, antes era 70%, e escolher imóveis com valor de comercialização de até R$ 3 milhões, o dobro do limite de financiamento em vigor até agora, de R$ 1,5 milhão. Além disso, houve o aumento da cota de financiamento, de 70% para 80%, nos imóveis novos, e de 60% para 70% em caso de imóveis usados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).
A Caixa Econômica Federal afirma que a medida faz parte de uma estratégia para ampliar o alcance às classes, a fim de contribuir para o reaquecimento do mercado imobiliário. Ampliamos o valor limite de financiamento, que passa a ser de até R$ 3 milhões, observando que assim será possível atender um público ainda maior e com um maior número de imóveis à disposição para o financiamento, explica a superintendente regional da CAIXA, Maria Claudia Sakai.
Ela afirma ainda que as mudanças que o banco está implantando na carteira de crédito imobiliário para melhorar as condições de financiamento às construtoras e pessoas físicas. Garante também que não haverá qualquer transferência de recursos da habitação social para a de mercado, o chamado trade off. "Os recursos estão garantidos para todas as linhas de financiamento do banco. As medidas adotadas vão aumentar a velocidade das contratações. Isso é bom para a CAIXA, para o cliente que tem juros menores e para economia porque gera emprego e renda, avalia".
A CAIXA responde, hoje, por 67% dos financiamentos imobiliários do País. O Sindicato da Habitação do Oeste (Secovi-Oeste/SC) comemorou a opção de elevar a alíquota e o teto do valor financiável, mas acredita que ainda seja necessária uma redução dos juros para esse tipo de financiamento, o que resultará de forma mais significativa nas vendas. Grande parte das pessoas ainda está receosa quando se trata de um investimento de maior valor, por isso, precisamos de medidas que estimulem a confiança no mercado econômico. Também devemos lembrar que um público considerável ainda espera e conta com ofertas e incentivos para aquisição do primeiro imóvel com o Programa Minha Casa Minha Vida medidas de incentivo para este público são necessárias e impactantes, realça o presidente da entidade, Ricardo Lunardi.