Mais de 450 pessoas, entre construtores, corretores, correspondentes da CAIXA, acadêmicos de áreas afins e parceiros, prestigiaram o Seminário CAIXA de Negócios Imobiliários, realizado nessa semana, em Chapecó. A palestra foi conduzida pelo diretor nacional de habitação da CAIXA, Paulo Antunes de Siqueira.
Siqueira apresentou uma análise macroeconômica e trouxe dados que comprovam que o segmento que merece investimentos e é essencial para que o Brasil tenha um retorno rápido e no menor tempo possível é o setor da Construção Civil. Segundo o diretor, R$ 301 bilhões do FGTS serão alocados para financiamento da construção civil e infraestrutura até 2019, o que vai dar um impacto positivo e animador na economia. “No Brasil, foram feitas aproximadamente 80 milhões de simulações habitacionais nos últimos 12 meses no site da CAIXA. Isso comprova que temos quem precisa de imóveis e pode financiar, temos quem pode produzi-los com qualidade e temos recursos disponíveis. Precisamos estar seguros para que os negócios aconteçam”, afirma.
O diretor da CAIXA defende que não há como um País crescer sem um mercado imobiliário atuante e é responsabilidade de todos agirem para a retomada da segurança dos agentes de desenvolvimento de todos os setores. Siqueira falou ainda sobre alguns clichês divulgados e que geram o sentimento de incerteza e insegurança no setor da construção e comércio de imóveis. Ele desconstruiu essas ideias alegando que não é correto replicá-las por não haver parâmetros que as sustentem, a exemplo da bolha imobiliária. “O fenômeno da bolha imobiliária nunca esteve perto de ser realidade do Brasil, mas mesmo assim alarmou muito quando, equivocadamente, este termo foi propagado”, relata.
O presidente do Sindicato da Habitação do Oeste (Secovi-Oeste/SC),Ricardo Lunardi, ressalta que uma das características que garante a pujança da região Oeste é juntar esforços por meio do associativismo, como vem sendo feito junto ao Sindicato da Indústria da Construção e de Artefatos de Concreto Armado do Oeste (Sinduscon), Prefeitura Municipal de Chapecó, CAIXA e demais parceiros/entidades. “Chapecó fornece, em média, mais de 1 milhão de alvarás de habite-se e de construção e liberação de mais de mil lotes por ano. Isso demonstra nosso potencial. Além disso, estamos engajados na ascendência destes negócios e no fomento imobiliário, mas sempre pensando num crescimento sustentável para um desenvolvimento ordenado”, garante.
André Badalotti Passuello, presidente do Sinduscon, em nome da classe da construção civil, fez reivindicações referentes a situação dos valores limites de avaliação de R$ 95.000,00 para imóveis nas regiões metropolitanas, o que tem inviabilizado as construções nestas cidades, comprometendo a economia e o sonho da casa própria. Também questionou a mudança repentina dos critérios para execução das obras e aceitação dos imóveis como garantia. “Estes fatores têm prejudicado muito a atuação das empresas, que se veem inseguras na elaboração e concretização dos empreendimentos”, relata.
A vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e delegada do Sinduscon, Bárbara Paludo, diz se orgulhar do Estado que representa e reforça a reivindicação de Passuello. “Muitas das nossas micro, pequenas e médias empresas estão passando por sérias dificuldades. Precisamos tomar posição e voltar a investir no nosso segmento, pois é o setor da Construção Civil que reage mais rapidamente no mercado, com criação de empregos e renda”, afirma.